Aconteceu ultima terça feira (29) a primeira cerimônia de batismo
realizada dentro de uma penitenciária de segurança máxima no Brasil. 35
detentos foram batizados na cerimônia que aconteceu no Centro de
Recuperação do Pará III, no município de Santa Isabel (PA).
De acordo com a Agência Pará, o batismo é resultado de um trabalho
evangelístico realizado desde 2009 pela organização não governamental
(ONG) 100% Liberdade. A parceria entre a Superintendência do Sistema
Penitenciário (Susipe) e as igrejas Assembleia de Deus, Deus é Amor e
Igreja do Evangelho Quadrangular tem levado dezenas de internos das
penitenciárias a se converterem à religião evangélica.
Representantes das igrejas participantes visitam os internos dos
estabelecimentos prisionais uma vez por semana para pregar o Evangelho e
realizar um trabalho de ressocialização.
“Ainda que vocês estejam privados de liberdade, a partir de hoje
estão libertos pela presença poderosa de Cristo”, disse aos reclusos o
pastor Adelson Martins que conduziu a celebração de batismo. O pastor
disse também aos internos que o batismo significa “nascer para uma nova
vida”, ele explicou que o rito simboliza uma atitude de mudança.
Alguns dos internos que foram batizados falaram sobre sua conversão:
“Estava em liberdade, mas estava preso pela vaidade, poder e dinheiro.
Foi preciso acontecer tudo isso comigo para eu conhecer o caminho que
leva à boa fama”, disse João Batista Ferreira Bastos. Outro interno,
Sidney Carlos da Silva, falou da importância do acesso à religião para a
pessoa privada de liberdade: “O batismo representa o resultado de
sucesso do trabalho de reinserção social e o apoio que a direção da casa
penal tem garantido”.
O diretor do centro de recuperação, Janderson Paixão, ressaltou a
importância da religião na ressocialização do detento e afirmou que,
entre os elementos previstos na Lei de Execução Penal Brasileira, a
assistência religiosa é o que mais ajuda nesse processo. Ele ressalta
também que o desafio como gestor é trabalhar concomitantemente a
educação e o trabalho, aliados à religião. O diretor completou falando
da importância da nova postura de vida desses internos na segurança da
penitenciária: “É o marco de uma nova história. Cada interno firmou um
compromisso com Deus para ser multiplicador de um novo testemunho. A
ajuda dos detentos será fundamental para aliviar a tensão no cárcere”.
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