A simulação de ato sexual ao som de música evangélica
na parada gay do Acre continua causando polêmica. Após o governador
Tião Viana (PT) anunciar que não pagará as despesas da parada gay caso
os organizadores do evento não se desculpem publicamente, o presidente
da Associação de Homossexuais do Acre (AHAC), Germano Marino disse que a
execução do hino evangélico “Faz um Milagare em Mim” na parada gay foi
uma “bela homenagem” aos evangélicos.
Segundo informações do Terra Magazine, a AHAC publicou nota em que
afirma: “O ato que cometemos foi acreditar que religiosos pudessem nos
agradecer pela bela homenagem que estaríamos realizando ali, naquela
imensidão de pessoas, demonstrando a elas que podemos nos respeitar com
as nossas diferenças religiosas e sexuais. É óbvio que tudo que vem pra
renovar gera polêmica, ainda mais em setores fundamentalistas”.
A AHAC alega que o objetivo de tocar o hino cristão não foi afrontar
ou imoralizar qualquer religião ou religioso. O grupo diz que nunca fez
nenhuma manifestação para agredir, escandalizar ou imoralizar famílias ou pessoas.
Em nota de repúdio, a AHAC acusa: “O que nos envergonha é ver
determinados lideres religiosos comprando votos, tendo seus mandatos
cassados, e a mesma bancada conservadora não falar nada a respeito
disso”.
“Nós nunca fizemos qualquer manifestação para agredir, escandalizar ou imoralizar família,
pessoas, ou qualquer cidadão acreano”, afirmou Marino durante
entrevista coletiva na Biblioteca Pública de Rio Branco. “Decidimos
abrir a Parada Gay com o Hino Evangélico, não para afrontar, não para
imoralizar qualquer religião ou religioso. Fizemos com o espírito da
fraternidade, da esperança que possamos construir o respeito mútuo entre
religiosos, homossexuais ou qualquer outro cidadão de qualquer
orientação religiosa ou sexual”.
A AHAC considera que está existindo descontrole, enfurecimento da ignorância e da homofobia por causa da Parada Gay.
Nenhum comentário:
Postar um comentário